Na região do baixo Rio Madeira, há 138 Km de Manaus em linha reta, fica o município de Nova Olinda do Norte. O nome não tem nenhuma ligação com o da cidade pernambucana, e nenhuma relação com migrantes vindos do nordeste para cá. Olinda era o nome de um antigo seringal que ficava no rio Urariá, afluente do rio Madeira, próximo da cidade. Em relação aos outros municípios amazonenses, Nova Olinda possui uma área territorial considerada pequena: 5.887 Km ². Só que na época em que foi criada, 1955, pelo então governador Plínio Ramos Coelho, tinha 7.478 Km ². A redução da área praticamente não mexeu no potencial econômico nem no sonho de um futuro promissor da rica região. Em 1953, a Petrobrás desembarcou na pequena vila enchendo os moradores de esperança por um futuro próspero, embalado pelo dinheiro ganho com exploração do ouro negro. Mais de trinta lugares foram perfurados e em todos jorrou petróleo. A atividade resultou em melhorias para a cidade, como os principais prédios que hoje existem, as ruas mais antigas, são lembranças de uma época verdadeiramente rica. O escritor Samuel Jonas Vinhote, que foi regatão, vereador e vice-prefeito em Nova Olinda do Norte, conta no seu livro, de 142 páginas, o apogeu e o declínio. Após a desesperança do petróleo, os moradores passaram a depender da pesca e da caça. As marcas da época áurea de Nova Olinda do Norte podem ser vistas nas primeiras ruas. Calçamento de pedra, tijolo e cimento, barracões abandonados, prédios ruindo pela corrosão do tempo aparecem fincadas na paisagem da cidade. Só que agora os olhos dos moradores e das autoridades estão direcionados sobre uma nova atividade econômica e em outro minério, é a volta da extração do sal gema, a silvinita, utilizada para a composição de adubos químicos e fertilizantes, como o potássio do NPK. Nossa equipe foi conhecer uma das áreas que foi explorada pelas mineradoras há mais de vinte anos. A área é rica em madeira comercial, a floresta não é muito fechada e ainda possui muita caça. É possível encontrar pegadas de anta, porco do mato, paca e tatu. As trilhas são estreitas e quem não está acostumado não escapa do tropeção. Pelas contas da prefeitura, o subsolo de Nova Olinda do Norte guarda um bilhão de toneladas de silvinita. Uma reserva capaz de transformar o Brasil auto-suficiente na produção de fósforo e outros insumos na formulação de adubos químicos para a agricultura. Atualmente o país só produz 15 % do que consome. Os estoques de sal gema podem ser explorados por período de, até 100 anos e render mais de meio trilhão de reais.
SEJAM TODOS BEM VINDOS A NOVA OLINDA DO NORTE A TERRA DA SILVINITA!!!
Por: Ivoney Silva